III Corrida de Prevenção do Câncer de Mama III Corrida de Prevenção do Câncer de Mama

III Corrida de Prevenção do Câncer de Mama

Autor: SESC - Serviço Social do Comércio

“Que a atividade física reduz o risco de ataques cardíacos todos sabem, mas, previne contra o câncer?

Nos últimos 15 anos, foram publicados vários estudos demonstrando que, independentemente da massa corpórea, mulheres e homens ativos fisicamente apresentam risco mais baixo de desenvolver alguns dos tipos mais prevalentes de câncer da espécie humana: câncer de mama, de próstata e de cólon.

Do ponto de vista científico, embora a relação entre atividade física e câncer não esteja definitivamente esclarecida, os dados obtidos até aqui são tão contundentes que todas as pessoas operadas de câncer de mama, intestino,
próstata e, possivelmente, de outros tumores malignos devem investir na prática regular de exercícios a mesma energia com que enfrentam operações, radioterapia ou quimioterapia.” Dr. Dráuzio Varela

CORRIDA DE PREVENÇÃO AO CANCER DE MAMA

Corra por você. Corra por quem você ama.

A taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada pela população mundial apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira. O câncer de mama é o mais incidente e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. A atividade física regular é reconhecidamente benéfica na prevenção e tratamento de várias enfermidades, tais como, hipertensão, diabetes, doenças cardíacas,
depressão e outras. Essa prática também vem sendo descrita como benéfica na prevenção de alguns tipos de câncer e também para amenizar efeitos colaterais do tratamento.

O esporte  evita o aparecimento do câncer? 

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em parceria com o Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer (WCRF) concluiu que evitar a obesidade através de exercícios físicos e alimentação saudável pode prevenir 19% dos casos de câncer. Considerando 12 tipos específicos de cânceres mais comuns na população brasileira, dentre eles o de mama, o estudo ainda aponta que, ao prevenir a obesidade, é possível reduzir a incidência dos mesmos em até 30%. O mecanismo dessa relação está baseado no fato de que células gordurosas em excesso aumentam a produção de fatores que causam a inflamação e, a partir daí, contribuem para o desenvolvimento de células cancerígenas.

Os exercícios físicos promovem um aumento da circulação, da respiração e da depuração de substâncias tóxicas do organismo. Com isso, traz benéficos nos pacientes tratados com quimioterapia. Um estudo escocês analisou 213 mulheres com câncer de mama em tratamento com rádio ou quimioterapia e as dividiu em dois grupos, sendo um para prática supervisionada de exercícios físicos e outro para apenas observação. As mulheres que participaram do programa de exercícios físicos tiveram menos fadiga, depressão, náuseas e vômitos. A percepção de uma melhor qualidade de vida também foi observada nesse grupo. Um estudo americano mostrou que os exercícios físicos podem reduzir o tempo de recuperação do tratamento oncológico e ajudar os pacientes a se sentirem melhor através da diminuição dos efeitos colaterais.

Para o controle do câncer de mama, destaca-se a importância de ações que promovam acesso à informação e ampliem oportunidades para controle do peso corporal e a prática regular de atividade física. A prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco reconhecidos. Os fatores hereditários e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher não são, em princípio, passíveis de mudança, porém fatores relacionados ao estilo de vida, como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal, são modificáveis. Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.

 

Fontes: Inca e Dr. Robson Ferrigno (Médico Rádio Oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo e Presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia).